Um caminhar solitário, sem relógio no pulso, GPS, mapas, guias: apenas com o visceral desejo de mesclar-se ao desconhecido. Caminhar sem propósito algum e sem nada buscar. Devemos mesmo estar sempre em busca algo?A autora, através de uma poesia surrealista e mística, mostra de forma quase que "escandalosamente" sincera e corajosa, como interagiu sem nenhum pudor e entrou em sinergia com a vasta gama de sensações disponíveis para aqueles que estão abertos e indiferentes aos manuais da sociedade. Explorou nove países da América Latina, jamais na cômoda posição do turista, mas na arriscada posição do nômade, errante.A crítica social ácida de mãos dadas com as questões ambientais, também são temas abordados no livro. Desde mergulhos em submundos obscenos e aquosos, bate papo com seres híbridos em hotéis baratos, santas ocas que não escutam ninguém a um destemido Comandante - que não é o Chê - vindo de outra dimensão para deleite da autora, o leitor encontrará de tudo.Importante ressaltar que, esta obra não é divulgada nas redes sociais, já que a autora é avessa a essas plataformas. Dessa forma, se o leitor chegou a este livro, foi pelo genuíno movimento do acaso, movimento sem interferência, liberdade dinâmica."Juntar palavras dentro de uma possível dimensão surreal, tudo para ter um pouco mais de prazer neste planeta sem graça", é o que a autora faz e apresenta agora.